A descoberta, a pesquisas e a escavação arqueológica

No mês de abril do ano de 1997 um pescador e seu filho estavam as margens do rio Grande e encontraram indícios do que seria uma ossada humana presas às raízes de uma árvore tombada. Os ossos vieram à superfície do terreno após as inundações ocasionadas pela abertura das comportas pela Usina Água Vermelha. O fato foi comunicado a polícia local que logo entrou em contato com a Funai (Fundação Nacional do Índio). Os arqueólogos comandados pela Dr. Maria Lúcia F. Pardi, do IPHAN, iniciaram a pesquisa e escavação identificando a existência de ossadas humanas milenares e a presença de mais de 25 sítios arqueológicos pertencentes ao município de Ouroeste. Procurando reduzir os impactos ambientais, a AES Tiete em parceria com o município construiu o Museu Arqueológico Água Vermelha. Local onde está catalogado e acondicionado todo acervo milenar encontrado. Hoje o município de Ouroeste é guardador de um rico e importante acervo arqueológico de ossadas humanas que fazem parte da história das civilizações que viveram no Brasil. Em especial a região Noroeste do país.

Durante a escavação, conforme a profundidade em que os artefatos eram encontrados o arqueólogo conseguiam identificar o período histórico dos achados. Conforme imagem acima, foram encontrados grande quantidade de enterramentos humanos, material lítico e um pedaço de madeira fossilizada, que após teste de carbono 14, identificou-se sua origem na era glacial, aproximadamente 9 mil anos atrás. Todas estas relíquias podem ser vistas na exposição permanente do Museu Arqueológico ‘‘Água Vermelha’’, proporcionando uma experiência única em relação às civilizações que povoaram a margem do rio Grande, no trecho que pertence ao município de Ouroeste.